É inacreditável que o servidor público de São Sebastião feche 2020 com perdas salariais maiores que os 20% contabilizados em 2016. Ouvimos promessas de recuperação inflacionária e reajustes em todos os anos, mas na prática amargamos sob protestos da categoria os 0% em 2018, a falta de reposição dos prejuízos anteriores nos três últimos anos, e 0% este ano, mesmo com a Pauta de Reivindicações protocolada em janeiro (muito antes de qualquer pandemia).
A prefeitura tinha até 6 de abril para qualquer repasse acima da inflação, devido a legislação eleitoral, e foi a única cidade do Litoral Norte Paulista que não realizou o reajuste salarial dos servidores este ano. Conclusão, entramos com 20% de perdas salariais e vamos sair com aproximadamente 24,51%, fazendo uma conta simples a partir das Pautas de Reivindicações e somando ao arrocho de mais 3% de “desconto do Faps”. É uma total falta de respeito com toda a categoria. Sem contar que não ocorreu reposição dos vales alimentação e refeição nos últimos anos e agora fomos surpreendidos com o corte do VR e a chamada “licença castigo” imposta pela administração.
Agora, com a medida do Governo Federal vamos ter que amargar o congelamento dos salários já congelados e entrar em 2022 com entre 30% e 40% a menos do poder de compra. “O servidor público sempre é o que paga a conta e não pode ficar calado diante de tamanha desvalorização. A última medida para arrochar mais a remuneração da categoria é o aumento da contribuição previdenciária para 14%. Tudo isso em tempo de pandemia, onde muitos funcionários públicos se tornaram o ‘arrimo de família’, frente ao desemprego e fechamento de comércios e serviços”, ressalta Cristiane Leonello, presidente interina do Sindserv.
“É inadmissível que o trabalhador seja deixado de lado. O Sindicato cumpre seu papel e desde a primeira semana do ano cobra que a gestão de São Sebastião valorize e respeite o servidor efetivando o compromisso firmado com a categoria. Sem contar diversas passeatas, atos públicos na Câmara e na Prefeitura para cobrar nossos direitos”, finaliza Cristiane.
Servidor, palavras não colocam comida na mesa das nossas famílias e as atitudes só mostram o quanto o funcionário público vem sendo desvalorizado e desrespeitado ano após ano. Nossos salários sendo achatados e em contrapartida temos aumento de portarias para mais e mais comissionados, com altas gratificações, gastos e mais gastos com publicidades e outras compras tidas como “investimentos”.
É ano eleitoral servidor e não podemos ter memória curta! Mesmo com aglomerações proibidas vamos permanecer unidos e mobilizados para seguir na luta por nossos direitos.
DIRETORIA SINDSERV
