Segunda-feira, 6 de maio de 2024

CONTRA O CORTE DO VR

  • NOTA DE REPÚDIO AO CORTE DO VALE REFEIÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS!

    A diretoria do Sindserv repudia a atitude da administração municipal de São Sebastião que coloca nas costas do servidor a responsabilidade de economia frente a gastos excessivos do dinheiro público. O funcionário já está com o salário e os vales defasados há anos e agora é surpreendido com o corte do cartão refeição que já faz parte da sua renda familiar, pois mesmo não se alimentando fora terá que fazer estas refeições diárias dentro de casa, incorporando na despesa.

    Toda a população sofre quando se ataca o funcionalismo público, principalmente neste caso, pois o vale refeição é gasto no comércio local. Um corte em torno de R$ 1 milhão que é investido diretamente na economia do município. E não só no gênero alimentício, pois, além de não comprar a comida, o trabalhador vai ter que retirar o dinheiro que iria investir em outros produtos para conseguir comer. O servidor público é um grande colaborador da economia da cidade.

    De acordo com a determinação da prefeitura, os trabalhadores citados como serviços essenciais, saúde, assistência social, serviços públicos e segurança pública, que não tiveram a redução da jornada, continuarão a receber o vale refeição. Destacamos que para a diretoria do Sindserv todas as áreas são essenciais, pois o servidor, independente do setor continua trabalhando diariamente para o bom andamento do serviço público. Também lembramos que a jornada de trabalho de alguns setores diminui, mas a quantidade de serviço continua igual ou até maior diante do momento atual, sobrecarregando ainda mais o funcionário.

    O Sindicato lembra que o servidor está sem reposição salarial e há anos não tem reajuste dos vales e encara diariamente o aumento do preço do gás, alimentos, medicamentos, entre outros. Sem contar, que devido à pandemia do novo coronavírus em muitas famílias se tornou o ente com estabilidade frente ao desemprego, fechamento do comércio e do trabalho ambulante.

    O servidor público já tem boa parte dos salários tomados por empréstimos consignados para tentar acompanhar o custo de vida e manter suas famílias, tendo nos vales uma segurança de garantia de alimentação. O Sindserv destaca que parte da categoria não tem vale alimentação (cesta básica) e conta somente com o refeição para a compra de comida.

    Os servidores veem nos últimos anos gastos com publicidades, eventos, viagens, contratação excessiva de cargos em comissão. Sabemos que o momento é frágil, mas - se é preciso economia – que se corte na raiz do problema. Por meio de levantamentos no Portal da Transparência, vemos listas com gastos de comissionados que somam mais de R$ 2 milhões somente em março, diferente das declarações da gestão nas redes sociais. A diretoria verificou que são pagos mensalmente somente aos assessores cerca de R$ 900 mil.

    O Sindserv historicamente é contra o inchaço da máquina pública e já solicitou mais uma vez a relação de quantidade e remunerações dos cargos à prefeitura e questiona as recentes contratações para funções que não são essenciais para o combate ao novo coronavírus.

    A diretoria do Sindserv também lembra que o servidor já vem sendo o alvo da gestão, pois uma das primeiras medidas foi a obrigatoriedade da retirada de férias e licença prêmio, que está sendo chamada pelo trabalhador de “licença castigo”. O jurídico do Sindicato já está verificando todas as medidas legais cabíveis para proteger a categoria. Sem contar que já recebemos diversos relatos com relação a falta de material e condições de trabalho, o que sobrecarrega o funcionário dia após dia.

    No Dia do Trabalhador, 1° de Maio, um dia depois do Decreto municipal que impacta no corte do vale refeição, o Sindserv relembrou a luta da categoria e reforçou a todos os servidores a importância de, mesmo em casa, seguirmos na luta por direitos e em prol do reajuste salarial e dos vales, bem como contra mais esta rasteira que o funcionalismo tomou e qualquer outra medida que traga prejuízos aos trabalhadores.

    Seguimos na luta! Nenhum direito a menos!

    Diretoria Sindserv