Terça-feira, 7 de maio de 2024

Avançar na Luta!

Avançar na Luta!

Avançar na luta contra a prefeitura que segue a pressão dos setores econômicos para a volta às aulas presenciais.

Construindo a Unidade 

Colocando em prática as deliberações da assembleia realizada no dia 5 de agosto, o sindicato atuou junto com os petroleiros, no ato realizado em frente ao Terminal Almirante Barroso (TEBAR). O protesto também se deu pela não privatização da Petrobras, pela defesa do Acordo Coletivo desta categoria que pode ser rebaixado, retirando direitos pelo governo Bolsonaro. O ato se colocou ainda pela defesa dos empregos e salários, visto que no momento o número de desempregados é maior que o de empregados. Neste ato conjunto, os professores tanto da rede estadual (membros da oposição da APEOESP) quanto do município colocaram sua campanha pelo não retorno às aulas presenciais.

A volta das aulas presenciais em plena pandemia, quando aumentam os óbitos por todo o país e São Sebastião segue essa realidade, é explicitamente por pressão dos setores econômicos ligados a educação. São os conglomerados educacionais os maiores interessados no retorno presencial das aulas, pois diante da crise econômica e pandêmica, viram seus negócios ruírem, pela inadimplência e evasão de estudantes. Neste sentido, segundo o sindicato Patronal do setor, existe uma inadimplência que em abril chegava a 70% dos estudantes das universidades particulares, 26% dos alunos já trancaram as matrículas ou abandonaram os cursos. Existe ainda uma pesquisa da União Pelas Escolas Particulares de Médio e Pequeno Porte, de que aproximadamente de 30 a 50% das escolas particulares podem falir durante e depois da pandemia.

O MEC definiu o retorno por meio de “protocolo”, e segundo o governo, organizado por uma equipe médica especializada, indica-se o uso de máscara, medição de temperatura, disponibilização de álcool em gel, volta ao trabalho de forma escalonada, ventilação em ambientes, distanciamento mínimo de 1,5m, entre outros. Como podemos perceber o MEC age sob a pressão do poder econômico. Como professores sabemos que é praticamente impossível manter o distanciamento nas escolas, principalmente na educação infantil e no ensino fundamental I, no qual a relação professor /aluno também se dá de maneira afetiva. 

As Condições das Escolas, do Transporte Público e das Moradias

Diante das condições sanitárias em que estão as escolas públicas, e toda a população que a frequenta, é impossível a volta para aulas presenciais de maneira segura. A estrutura das escolas está em sucateamento, não havendo condições elementares de higienização e segurança com a contaminação e adoecimento da população. O transporte no município é péssimo há anos, nos seguidos governos.  As condições de moradia dos estudantes e suas famílias também são risco aos mais pobres que já sofrem com a pandemia, serão estes que sofrerão com a potencialização da Pandemia caso a volta às aulas ocorra.

(trecho extraído do Boletim da Corrente Proletária na Educação, agosto/2020)
Patrícia Artuza