Por Rosangela Pereira

Neste ano de 2018 estamos lidando com um incômodo silêncio que pode parecer uma aparente paz, aliás, é um comportamento socialmente muito valorizado, aqueles que falam pouco parecem ser pessoas educadas, observadoras e que sabem a hora correta de falar...
Mas, o que temos visto não é isso: de um lado o Prefeito não se pronuncia sobre o nosso reajuste que já deveria ter sido dado em maio, ele não diz por que não deu e se algum dia ele pretende cumprir o que determina o Estatuto do Servidor Municipal.
Por outro lado vemos o funcionalismo com o seu salário achatado, com perdas significativas e que não se pronuncia de forma organizada, não participa das instâncias onde têm voz e força, que é o Sindserv. 
Historicamente qualquer direito só é conquistado quando os trabalhadores e trabalhadoras mostram sua voz, sua indignação e insatisfação. Apesar do Estatuto ser também uma voz coletiva, ele por si só não será suficiente para se fazer cumprir. É necessário que unidos demonstremos que conhecemos os nossos legítimos direitos e que queremos que a Lei se cumpra, assim como nossas chefias nos cobram que desempenhemos o nosso papel.
Por outro lado, o bom trabalho não se faz somente com um salário adequado, é necessário que nós servidores e servidoras, junto com a população, digamos o óbvio: as condições de trabalho não estão adequadas e os serviços estão deixando a desejar por falta de profissionais, estrutura física nos prédios e materiais suficientes.
Assim, será necessário que “percamos”* algumas horas participando das assembleias para que a nossa voz seja ouvida como funcionários e também como munícipes que dependemos do serviço público. 
Unidos somos fortes. Não vamos nos calar!
Sabemos que não faltam recursos. O que falta é o direcionamento das prioridades!
*pois sabemos de toda a luta diária dos servidores e servidoras na jornada de trabalho e na vida pessoal.